“Piena di gioia ho lasciato tutto.” Regina Widmann ricorda con un sorriso quando, poco più che ventenne, ad un passo dal matrimonio, ha scelto di entrare a far parte delle Missionarie Secolari Scalabriniane. Oggi sono passati più di 30 anni e lei è diventata la responsabile di questo Istituto Secolare che si ispira al carisma di Giovanni Battista Scalabrini. Senza segni esterni che le distinguano, le Missionarie lavorano e svolgono professioni nei più diversi ambienti e contesti delle società multietniche del nostro tempo per trasformare dal di dentro ogni realtà in un’esperienza di incontro e accoglienza. Entrevista com Regina Widmann, responsável geral das Missionárias Seculares Scalabrinianas Venho de uma pequena cidade no sul da Alemanha. Não conhecia Scalabrini nem mesmo a emigração. Eu procurava o sentido da vida e me perguntava qual era o plano de Deus para mim. Estava prestes a me casar quando conheci ‘por acaso’ a comunidade das Missionárias Seculares Scalabrinianas. Não sei como explicar, mas desde o início experimentei uma alegria que se tornou cada vez maior e me levou a deixar tudo para trás: meus planos, minhas seguranças, meus relacionamentos. Fiquei surpresa que, enquanto antes eram muito importantes para mim, agora tinham se tornado coisas pequenas. Eu tinha tudo, mas me faltava aquela alegria que via nas missionárias e sentia que esse também era o meu caminho. Entrei na comunidade por alegria, sem saber nada sobre migrantes. Meu primeiro contato com o mundo da migração foi com italianos que tinham migrado para Stuttgart nos anos 1980. Eram homens solitários que viviam em barracos ou alojamentos coletivos perto das fábricas e dormiam em quartos cheios de beliches. Nós, mulheres, íamos até eles acompanhadas pelo Padre Gabriele …, um missionário scalabriniano. Aprendi italiano conhecendo esses homens que faziam grandes sacrifícios por suas famílias na Itália e eram muito dignos. Levávamos a eles um sorriso e um momento de conforto. Eles voltavam para casa uma vez por ano, no Natal, e íamos à estação para saudá-los. Lembro que a voz do alto-falante anunciando o trem para Milão era em italiano. Um senhor me disse que seus filhos, quando o viam voltar, diziam: “Você não nos incomoda, é só que não estamos mais acostumados com sua presença em casa”. Era um grande sofrimento para ele. Nosso Instituto Secular, o terceiro instituto de vida consagrada da Família Scalabriniana, nasceu em Solothurn, Suíça, com Adelia Firetti, em 25 de julho de 1961, em meio às migrações do Sul para o Norte da Europa. Conhecemos Scalabrini através de seus Missionários. Em nosso caminho, deixamo-nos conduzir por seu coração universal, pela centralidade apaixonada de Jesus Cristo crucificado e ressuscitado em sua vida. Reconhecemos na emigração um ‘lugar teológico’, um lugar onde Deus se revela e nos encontra. Sentimo-nos chamadas a compartilhar a espiritualidade scalabriniana antes de tudo na maneira simples como vivemos os relacionamentos. Muitas vezes, migrantes e refugiados, sentindo-se acolhidos, nos dizem: “Nos relacionamentos encontramos nossa nova pátria.” Eles perderam tudo, mas têm sede de um relacionamento profundo que se torna esperança, força para seguir em frente. A Diocese de Stuttgart nos convidou a caminhar com os migrantes mais marginalizados, que nos anos 1980 eram turcos muçulmanos expostos a uma grande onda de xenofobia. Suas casas também foram incendiadas. As famílias me diziam que tinham baldes cheios de água em casa porque “nunca se sabe….” Havia muito medo. Eu visitava essas pessoas para aproximá-las de uma Igreja que caminha com todo homem e todo migrante. De fato, “onde o homem sofre, ali está a Igreja.” Eu andava pelo bairro e batia nas portas com nomes turcos. Fiquei surpresa com a forma como me acolhiam. Os encontros mais bonitos eram no hospital: diante do sofrimento, diante do mistério da Páscoa, podemos realmente nos encontrar profundamente, além da língua, religião e cultura diferentes. O importante não é o fazer: sim, vivemos nossa consagração secular nos ambientes mais diversos, nas profissões, mas a secularidade precisa de uma forte relação com Deus para poder ver (reconhecer) como o Espírito age em nós e nos outros. Scalabrini dizia que a parte mais viva e poderosa do nosso apostolado é a contemplação: é a relação com Deus que nos faz ver como Ele se doa ao homem e transforma nossa dor e esperança e a dos migrantes em oração. Nosso Deus é um Deus que desce para caminhar conosco e nos levar ao Pai. Nos últimos anos, partilhando a vida com refugiados cristãos, recebemos um grande testemunho de fé: eles nos ensinam que o único verdadeiro tesouro é a fé. Penso, por exemplo, nos refugiados eritreus, nos cristãos do Iraque, que por causa da fé foram obrigados a fugir e muitas vezes nos dizem: “Perdemos tudo, mas nosso ouro é a fé.” Scalabrini tinha uma forte relação com Deus, estava enraizada nele. Devemos nos deixar ser olhados por Deus, pelo amor de um Deus que busca o homem para caminhar com ele. Se descobrirmos como somos amados, não podemos deixar de ver a beleza nos outros também. Somos o Corpo de Cristo; em seu Corpo somos filhos no Filho de Deus e somos irmãos e irmãs de todos. Já somos uma família humana. Minha vida já pertence ao outro em Jesus. Devemos tentar dar espaço a Jesus para que Ele possa amar através de nós. Nossos mestres no amor são os migrantes, os presos, os doentes. Eles nos questionam, nos despertam. Os jovens que encontramos têm muitas perguntas, mas ainda não encontraram a verdadeira Vida. Em nossos Centros Internacionais os reunimos com migrantes, formamos eles na arte do encontro. São verdadeiros laboratórios de relacionamento, onde jovens de diferentes línguas, culturas e origens aprendem a olhar o outro com novos olhos. Os jovens são o nosso futuro, e trabalhamos com eles para que cresça a fraternidade e a valorização da diversidade. --------------------------------------- [ITALIANO] Regina Widmann -responsabile generale della nostra comunità- ricorda quando ha scelto di entrare a far parte delle Missionarie Secolari Scalabriniane. “Piena di gioia ho lasciato tutto”. Regina Widmann ricorda con un sorriso quando, poco più che ventenne, ad un passo dal matrimonio, ha scelto di entrare a far parte delle Missionarie Secolari Scalabriniane. Oggi sono passati più di 30 anni e lei è diventata la responsabile di questo Istituto Secolare che si ispira al carisma di Giovanni Battista Scalabrini. Senza segni esterni che le distinguano, le Missionarie lavorano e svolgono professioni nei più diversi ambienti e contesti delle società multietniche del nostro tempo per trasformare dal di dentro ogni realtà in un’esperienza di incontro e accoglienza.
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[ESPAÑOL] Entrevista a Regina Widmann, responsable general de las Misioneras Seculares Scalabrinianas.
“Llena de alegría lo he dejado todo”. Regina Widmann recuerda con una sonrisa cuando, con poco más de veinte años, a un paso de casarse, eligió ingresar a la comunidad de la Misioneras Seculares Scalabrinianas. Hoy han pasado más de 30 años y ella se ha convertido en la responsable de este Instituto Secular que se inspira en el carisma de Juan Bautista Scalabrini. Sin signos externos que las distingan, las Misioneras trabajan y desarrollan sus profesiones en los más diversos ambientes y contextos de las sociedades multietnicas de nuestro tiempo, para transformar desde dentro toda realidad para que se vuelva experiencia de encuentro y acojida. » Leer más ---------------------------------------
[PORTUGUÊS] Entrevista com Regina Widmann, responsável geral das Missionárias Seculares Scalabrinianas.
“Cheia de alegria deixei tudo”. Regina Widmann recorda com um sorriso quando, aos vinte e poucos anos, a um passo do casamento, optou por ingressar nas Missionárias Seculares Scalabrinianas. Hoje se passaram mais de 30 anos e ela se tornou a responsável deste Instituto Secular que se inspira no carisma de João Batista Scalabrini. Sem sinais externos que as distingam, as Missionárias trabalham e exercem profissões nos mais diversos ambientes e contextos das sociedades multiétnicas de nosso tempo, para transformar cada realidade de dentro numa experiência de encontro e acolhida. » Leia mais

